12.5.24

Se Foi Quem Vida Nos Deu - Mário Celso/Roberto


     
     Mil novecentos e vinte, estaria completando 104 anos de idade em quatorze de julho, mas, aprouve Deus lhe dar o descanso eterno. Ficamos nós... Filhos, netos e, os demais que a amavam e admiravam; saudosos de sua simplicidade e a docilidade de sua voz nos dando sábios conselhos; se foi aquela que nos deu vida. Eu e meu irmão muito sentimos sua partida... É grande a dor da separação, nosso conforto está na esperança do reencontro; não lágrimas amargas, mas, saudosas de sua voz, seu sorriso quando nos chamava para os nossos compromissos da infância... quando jovens... já adultos e pais de seus netos.
     Você se foi... Não mais o café quente acompanhado de uma fatia de bolo cremoso de milho recém saído do forno... Não mais suas palavras doces que adoçavam alguma fase amarga de nosso viver já adultos... Você se foi, ficou a surrada bíblia que diariamente era consultada, do livro sagrado extraía ela sábias palavras que nos consolava... Também aos vizinhos e à jovem grávida que tentou suicidar-se jogando-se na frente de um carro bem em frente ao seu portão - hoje serva do senhor junto de seu esposo e filhos.
       Quantos que com seu testemunho conheceram a Jesus Cristo... Quanto o Espírito Santo a usou? Mãe, você se foi... A saudade tem sido o analgésico da dor... Tem Deus enxugado nossas lágrimas que se avolumam quando nesse dia especial que chamamos DIA DAS MÃES... Nos anima a mim e ao meu irmão, a esperança do reencontro nos jardins dos céus em todo o seu esplendor...  
        

5.4.24

Marchando Para Sião


Temos, como cristãos compromissados, atravessado por desertos aparentemente calmos, nem mesmo nos preocupamos com as possíveis tempestades de areia que possam surgir a qualquer momento; assim, temos vivido no conforto e na confiança que somos salvos e nosso destino, com certeza, será o céu quando desse mundo partirmos. Sim, temos certeza de nossa salvação e iremos morar, e iremos fazer parte do coral celestial... E estaremos juntos do nosso Pai, Criador dos céus e da terra e teremos paz eterna, assim nos garante as Sagradas Escrituras que também chamamos de Bíblia Sagrada em seus diversos textos tais como João 3: 16, Romanos 6:23... 1º João 5: 11 a 13... e mais outros tantos textos. 

      Os ventos têm sido calmos e não tem nos incomodado, a areia que se levanta, nem mesmo tem atrapalhado a nossa jornada nessa longa travessia em rumo a Sião; estamos podendo desfrutar o conforto que nos traz a tecnologia dos dias atuais, por exemplo: Porque carregar um peso de aproximados 960gr se podemos substituir por um que pesa somente 200gr ou até menos...?

      E, então recebo um vídeo, no conforto de minha casa, produzido pelas   modernidades da tecnologia; nesse vídeo o prefeito de uma cidade do interior de um estado do nosso país, indignado por ter sido processado pela justiça, motivo da punição: Manter uma Bíblia Sagrada na biblioteca municipal... No horizonte desponta a tempestade de areia que em muito haverá de atrapalhar a jornada dos cristãos compromissados, até mesmo tirando-os do conforto, ou não. A tempestade de areia que desponta no horizonte trará em seu "núcleo" a proibição das escrituras nos aplicativos dos celulares, e, então teremos de tirar a poeira de nossas Bíblias de quase 1000 gr se quisermos buscar intimidade com aquEle que nos criou.

                 Essa tempestade se intensificará e até mesmo o livro sagrado que nos serve de bússola nessa caminhada pelo deserto, nos será proibido e, então, estaremos envolvidos pelo volume da areia desse deserto tórrido... “Bem-aventurados sois quando por minha causa...” Que maravilha termos, no mínimo, memorizado os primeiros capítulos do sermão do monte; mesmo sem bússola precisamos prosseguir, levantarmos do berço esplêndido da salvação, abandonarmos o conforto e... Avançarmos rumo a Sião!   

30.1.24

Obedecendo Ao Ide - Marisa G. F. Rodrigues


        Hoje - 28/01/2024 - faz 3 anos que estamos no campo missionário aqui no Tocantins, e também faz 43 anos que meu pai faleceu. Duas datas bastantes significativas para mim.
Viemos com o coração cheio de sonhos, pensávamos que as portas iam se abrir em um passe de "mágica divina," mas aprendemos como é de verdade um campo missionário.
        Eu e Mário trabalhávamos esporadicamente nessa área, mas nunca havíamos feito nada tão radical . Algumas vezes fiz alguns trabalhos como intérprete, acompanhando missionários bolivianos e americanos; e Mário tocava um trabalho com os "Embaixadores do Rei," que são meninos de 9 a 17 anos. Deus havia chamado o Mário para ser um missionário desde os 12 anos de idade, quando o Pr. e missionário Waldomiro Mota pregou na Igreja Batista em Anchieta-RJ. Esse pastor foi quem fundou o trabalho Batista na Bolívia, e no final da pregação ele fez um apelo, e Mário, que já era um Embaixador do Rei desde os 9 anos, sentiu a chama missionária arder em seu pequeno coração.
        Nós só nos casamos em 2003. Passamos por muitas provações e dificuldades em nossas vidas. Ele carioca e eu paraibana, tivemos muitas "D.R's para que o nosso casamento começasse a funcionar direito, rsrsrsrsrsrsrs.
      Com o passar do tempo fomos residir em Guarulhos, onde fizemos amizade com um casal de missionários Pr. Agenor (in memoriam) e irmã Fatima, casal muito querido que Deus enviou para o campo missionário na Bahia, nas cidades de Campo Formoso e Delfino. Em uma visita que eles nos fizeram, eles disseram a nós que, no dia que Deus nos quisesse no campo, Ele ia fechar as portas de emprego para nós e só iria abrir as portas financeiras novamente quando nos dispuséssemos a cumprir o ide de Jesus. Eu tinha muito medo de viver pela fé, trabalhava prestando serviço a "Gru Airport," como telefonista bilíngue. Mário estava desempregado, mas ele não sossega e foi tratar de arranjar uma fonte de renda, descobrindo o álcool isopropílico (um álcool especial para informática).
        Em 2018 fui demitida porque venceu nosso contrato com a "Gru" e eles não quiseram mais renová-lo. Fiquei bastante preocupada e Mário sempre me lembrava das palavras do Pr. Agenor, mas eu relutava em aceitar. Entreguei meus currículos em diversas empresas e fiz mais de dez entrevistas e não passava, uma hora eu passava e a empresa era em São Paulo e eles não forneciam as passagens porque eu morava em Guarulhos, outra hora eu passava na entrevista, porém, não fazia o perfil da empresa. Resolvi investir quase todo o dinheiro da rescisão no álcool. Estava à beira de uma depressão quando veio a pandemia. Eu e Mário fomos contaminados, ficamos mal, mas graças a Deus que não tínhamos falta de ar. As empresas que Mário fornecia o álcool quase todas fecharam as portas, tivemos que entrar no capital de giro e o álcool começou a minguar. Morávamos de aluguel e ficamos vivendo do auxílio emergencial.
        Mário sempre quis vir para o campo missionário e eu continuava relutando. Um dia, Mário estava conversando com o nosso Pastor, Hélio Dibiasi (PIB Bonsucesso), e falou sobre isso, ele disse que quando Deus chama, Ele chama o casal. Senti-me triste porque estava servindo de pedra de tropeço ao chamado de meu esposo. Comecei a orar a Deus para que Ele mudasse meu coração.
        No dia 26 de Setembro de 2020 fui dormir com os olhos inchados de tanto chorar , era um sábado; no domingo acordávamos cedo para participarmos da EBD online, foi quando tive um sonho em que o Pr. Agenor mandava uma moça em nossa casa para nos pedir que fôssemos ajudá-lo em Campo Formoso-BA. No sonho eu estava na cozinha lavando a louça, mas eu ia para a sala e dizia à ela que nós íamos embora naquele momento para socorrermos nossos irmãos. Acordei chorando e decidida a me render ao chamado de Deus. Mário também não conseguiu dormir e passou a noite orando em seu escritório, que funcionava em um dos quartos de nossa casa. Ele fez 3 perguntas a Deus e Ele respondeu no evangelho de Mateus, nos capítulos 19 e 20. Tivemos experiências profundas e misteriosas com Deus, que se fôssemos relatar aqui, um jornal inteiro não caberia.
        No dia 28 de Janeiro de 2021, nos encontrávamos em um avião com destino à Palmas/TO. Aconteceram muitos milagres, nós não tínhamos um tostão, mas Deus abriu as portas usando pessoas que são servos e servas dEle, para que nós pudéssemos estar aqui, em plena pandemia, cumprindo o ide de Jesus. Nunca nos faltou um teto sobre nossas cabeças, nunca nos faltou absolutamente nada!
        Gostaria de fazer aqui uns agradecimentos especiais, mas não pedi permissão para citar nomes, então, falarei o nome das igrejas e as cidades onde estão localizadas: Às Famílias da PIB Bonsucesso na pessoa do Pr. Hélio Dibiasi, aos nossos amigos de Suzano, à Miss. Irene Azevedo (Igreja Batista Peniel, Palmas/TO), à minha família, à família de Mário, à PIB Colinas/TO na pessoa do Pr. Nilton Bento, às famílias da PIB Colinas, à PIB de Vila Carmela na pessoa do Pr. Edimar. à Igreja Batista de Cidade Americana na pessoa do Pr. Luís Felipe, ao coordenador dor ER's no Estado de SP, Saulo Pazini pelo seu inestimável apoio, aos missionários Joel Gonzalez (in memoriam) e esposa, aos nossos amigos de Jundiaí, ao Lar Batista F. F. Soren na pessoa do Pr. Robson Rocha e Judite Rocha, à nossa querida irmã da Igreja Memorial de Brasília, ao casal Miguel e Silvia, aos irmãos da PIB Lavras, a alguns irmãos da PIB Jardim São João e a todos que nos apoiam em oração e suporte emocional, se esqueci de mencionar alguém aqui ou alguma igreja aceite meu sincero perdão, nos céus iremos dividir nosso galardão. Meu eterno agradecimento ao dono da obra: Deus! A ele toda honra e glória pelos séculos dos séculos, Amém!

 

24.1.24

Meu Ponto de Oração - Mário Celso Rodrigues

       Em um domingo fui prestar um culto de louvor e adoração ao Poderoso Deus em um suntuoso santuário levando em consideração a presença de quem lá estava para receber o louvor; para a mensagem ao coração dos fiéis adoradores que se faziam presentes, usou o Senhor um servo humilde e pastor designado por Ele para ser o anjo daquela igreja. A mensagem, colocada e inspirada por Deus para que nos fosse transmitida foi com base no capítulo dezoito do primeiro livro de Reis.
        Falou ao meu coração trazendo-me lembranças indeléveis de recentes acontecimentos no campo missionário onde eu e minha esposa atuamos levando a mensagem de salvação em Cristo Jesus... "... Elias, porém, subiu ao cimo do Carmelo, e, encurvado para a terra, meteu o rosto entre os joelhos..." Em minha lógica de leigo, entendo que Elias buscou a Deus em oração; subiu ao monte em um momento bem particular - precisava estar a sós com Deus.
            Em minhas lembranças de um longo tempo de meu passado, existia um monte próximo de onde morava e, lá não só eu memorizava as poesias que eu iria declamar em algum evento ou mesmo culto da igreja onde eu era membro, mas, também conversava com Deus... Tranquilo onde ouvia-se o som do vento que achando obstáculo aerodinâmico em minha face, balançava meus cabelos agraciando-me com o frescor em meu rosto.
              Sempre cultivei o hábito de ter um lugar "secreto" para meus encontros com o Pai Celestial; encantado fiquei em ter, num passado bem recente, residido em uma casa bem às margens do Rio Tocantins - trinta metros é a distância dos fundos dessa residência à margem do rio - e lá bem na beira das fortes correntezas há uma árvore bem frondosa e generosa com sua sombra; usando as raízes de tal árvore como confortável assento, buscava a Deus em oração; certo dia, de joelhos, dize a Deus ter eleito aquele o ponto de nosso encontro... 
                 Num momento Elias busca ao Senhor no cimo do Carmelo e em outro momento, e, bem crítico, o Senhor vai ao encontro de Elias  na entrada de uma caverna, também leio nas Sagradas Escrituras que Deus ouve as orações de Jonas quando nas entranhas de um grande peixe. Considero então que, não importa o lugar, Deus ouve o clamor de Seus servos onde quer que estejam... Da dona de casa em seus afazeres domésticos... do operário pendurado em algum andaime na construção civil... do médico cirurgião no momento crítico de uma cirurgia.
                Não importa onde estejas, importa que tenhas o seu pensamento constantemente ligado a aquEle que nos criou, entendermos que somos integrantes do povo de Deus; " ... se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar... então eu os ouvirei dos céus..." Que na presença do Senhor sejamos humildes e, no pico de um monte ou na relva de  um vale e até mesmo no ventre de um grande peixe temos a certeza de que nossas súplicas são ouvidas... 
                
                 

14.1.24

Feliz Sob As Leis Celestes Mário Celso Rodrigues

        ECA - Estatuto Da Criança e Adolescente... Não muitas, mas, levei algumas varadas de meu pai e chineladas de minha mãe; tenho orgulho em narrar uma surra que levei de meu pai aos 19 anos de idade chegando do quartel do EB onde servi, fui duro lhe dando uma resposta desrespeitosa, exigiu ele que eu me despisse da farda dizendo respeitá-la e completou dizendo que, ali, o comandante era ele... Entreguei-me à surra de seu cinto.
            Sabe legisladores do ECA? Minha mãe ensinou-me os trabalhos domésticos, e, meu pai os mais duros e "pesados" - capinar a área onde morávamos, carregar compras para os que iam à feira semanal do bairro, vender areia para construção que extraia de um riacho que passava próximo de onde morávamos após as chuvas de verão - aprendi a ganhar dinheiro honesto. Sim senhores legisladores do ECA, em minha infância e adolescência, era obrigado a ir à igreja evangélica onde meus pais eram membros e, também a leitura da Bíblia Sagrada todos os dias em um culto que chamávamos doméstico, antes de dormir.
            Sim, senhores legisladores do ECA, eu estudava e brincava e, não pouco - era divertido fazer trem cargueiro usando latinhas de sardinha que eu pegava no lixo da vizinhança - o salário que meu pai ganhava no final do mês não dava para comprar brinquedos, então eu os construía. Minhas notas escolares sempre foram azuis, imagina senhores legisladores do ECA, já na terceira série primária os alunos sabiam que antes de B e do P, dependendo da palavra, sós se escreve com a letra M, na quarta já começávamos a dominar os verbos e suas conjugações, e, história e geografia eram matérias que adorávamos - fiquei encantado em ter conhecido e morado às margens do Rio Tocantins - na matemática eu era e ainda sou "AZ."
            Senhores legisladores do ECA; hoje com mais de meio século de vida, sou um homem bem vivido e feliz... Bem vivido porque porque aprendi a respeitar os mais velhos e as hierarquias, aprendi a ética do bom viver e a ter disciplina e conhecer limites... Feliz porque aprendi a amar a Deus sobre todas as coisas - entregar a Ele todo o meu viver - também aprendi a amar a pátria que me foi dada por Deus como berço. Aprendi a pedir a Deus sabedoria... SABEDORIA... O que muitos que legislam e promulgam as leis deveriam pedir a Deus, nunca usar de sua própria justiça pois as mesmas são tão imundas quanto a trapos de imundícia.
            Sou grato a Deus por não ter em minha época um "patrono" da educação - só passava de uma para outra série superior quem realmente soubesse e confirmasse seu conhecimento nas provas. Sou grato a Deus por não viver, em minha época, em um país laico.
                Sou grato a Deus por ter tido, em boa parte da infância e adolescência, governos militares e patriotas que colocavam a moral e o caráter como base de suas estruturas pessoais. Os estatutos que demarcaram e conduziram toda a minha vida, desde sua construção, foram legisladas pelo meu pai e por minha mãe que buscavam sabedoria em Deus para nos educar.         
     
 

6.1.24

Sendo Forjado - Mário Celso Rodrigues

        Para uma navegação curta de, no máximo, meia hora, a barca levanta âncoras no cais da Praça Quinze com proa para Niterói e, vai navegando suave sobre as plácidas águas da Baía de Guanabara, em dado momento, diminui a velocidade até que para, dando passagem a um cargueiro carregado com conteiners vindo de algum outro continente qualquer. Em minhas idas e vindas à cidade fluminense, era a proa da embarcação meu lugar predileto para a viagem, não importando o incômodo de ir de pé... Brisa batendo em minha face... Cabelo esvoaçando e, apreciando e admirando o tamanho dos navios cargueiros em suas modalidades graneleiros, porta containers e petroleiros; enormes navios carregando milhares de toneladas; singrando mares e oceanos, enfrentando ondas gigantes e, atravessando bem devagar lá vai o gigante em algum terminal atracar.

        "Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela fará compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora."  Essa foi a ordem que Deus deu a Noé lá nos primórdios... Construir uma embarcação com tábuas de cipreste - não havia a Maritime University of Szczecin (cidade Polonesa) - óbvio que Noé não era especialista no assunto. Deus lhe deu a tarefa de que, enquanto construísse a arca pregasse a população da época o arrependimento de seus maus feitos e pecados contra Deus e, havendo o arrependimento, entrariam na embarcação onde seriam salvos do grande dilúvio que estaria para acontecer, no entanto, foram cento e vinte anos pregando e sendo chamado de louco - com razão, não era ele formado em nenhum seminário teológico com doutorado no Southwestern Baptist Theological Seminary - só mesmo os animais e os membros de sua família entraram na arca.

        Não mais haverá um dilúvio, essa foi a promessa de Deus, mas, haverá um fim e tal não está longe de acontecer; após Noé, tantos outros fatos aconteceram e a concupiscência, a maldade, a desobediência aos preceitos divinos se avolumaram a tal ponto que, Deus com amor imensurável e não querendo ver sua criação por excelência se perder rumo ao inferno, manda ao mundo Jesus Cristo para, vencendo a morte na cruz, ressuscitando ao terceiro dia; retornando aos céus deixando-nos O Consolador e uma ordem imperativa aos que o aceitaram e ao seu plano de salvação... "... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." Tal ordem foi dada a todos que o amam e tem paixão pelas almas; não importando se tiveram Gamaliel como fonte de conhecimento ou se pescavam às margens de algum rio.

        É notório que Deus tem um plano para cada um e, abençoa tanto ao bem posicionado culturalmente quando ao menos culto ou iletrado, a ordem divina não foi específica a um ou ao outro... A sabedoria Deus dá a todos desde que O busquem. Na obra do Senhor, o acadêmico não tem o direito de desdenhar o trabalho feito pelo mais humilde, deve sim, ajudá-lo, orientá-lo no que se pode ou deve fazer em determinado trabalho na seara do grande Deus e, o menos culto, ser humilde e saber aceitar os conselhos de quem tem um grau a mais em seu nível cultural... Quanto a sabedoria, necessário é repetir que... " Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto e ser-lhe-á dada."

        No campo missionário, tenho a incumbência dada por Deus de construir muros e não posso dar ouvidos a Sambalate... Preciso com urgência "CONSTRUIR MENINOS PARA NÃO REMENDAR HOMENS!" (Slogan dos Embaixadores do Rei).              

         

 

2.1.24

 

    Trezentos e sessenta e cinco dias que se passaram, não mais os viveremos, com suas oito mil setecentos e sessenta horas não mais nos preocuparemos quanto aos adiantados nos compromissos ou os temidos atrasos conforme o prometido... Devemos nos esquecer de tudo o que se passou nesses tempos de horas e dias pelos quais atravessamos e, então, garantirmos um ano novo pleno de felicidades e realizações partindo do zero? 

        Inexoravelmente me vem à mente um lindo texto bíblico que diz o contrário - “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” - Tais palavras saíram da pena do profeta Jeremias que chorava a devastação da cidade de Jerusalém quando foi capturada pelos exércitos de Nabucodonosor – a cada dia do passado percebemos com tristeza nossa liberdade sendo, com sutileza, cerceada – muitas foram as coisas que longe do que desejávamos aconteceram e, precisamos sim, esquecê-las; não as trazer como pesadas cargas sobre os nossos ombros para um novo ano que se inicia, fatos que machucaram nossos sentimentos e que se transformaram em cicatrizes. Mas, sabendo que vivemos em um mundo que jaz no maligno porque muitos não aceitam a viver sob a graça de Deus preferindo os banquetes oferecidos pelo inimigo da humanidade; muitos foram os dissabores pelo qual passamos e haveremos de passar, neste e nos anos vindouros.

         Trago em minha memória os resultados dos trabalhos que iniciamos, eu e esposa, como missionários nas cidades do centro norte por onde passamos, meninos e meninas que aprenderam a orar e pedir ajuda a Deus quando de suas necessidades que ninguém se importa em ajudar ou trazer soluções; crianças que aprenderam a amar e ser reverentes perante aquele que tudo criou, meninos e meninas que aprenderam a quem devem louvar em seus momentos de alegria ou mesmo quando a tristeza, indesejada, suas vidinhas tentarem abater. Assim tenho a esperança de termos contribuído para que tenham quando adulto, uma vida melhor por terem aprendido a viver na dependência de Deus; certeza temos – porque prova tivemos – de crianças que pelo transformar de suas vidas, tiveram seus comportamentos mudados levando a mãe ou o pai a nos procurar para explicações, o que resultou em algumas conversões ao evangelho de Cristo Jesus.

         Não sabemos, eu e esposa, quanto tempo mais Deus nos concederá para continuarmos sua obra, e, esperança temos e oramos para que cada uma dessas crianças, adolescentes e jovens se firmem com Cristo... No céu estaremos aguardando por elas.